«Esta marcha tem um objectivo muito concreto, que é combater contra o maior flagelo que resulta desta política: o desemprego. Esta manifestação de força, esta afirmação desta marcha, demonstra que se abrem novas condições e melhores condições para o desenvolvimento e intensificação da luta, designadamente, em relação à greve geral do dia 14 de Novembro, que a CGTP-IN convocou.

Estamos em crer que é uma grande resposta, não só dos desempregados, mas também dos que têm trabalho, numa posição solidária, e demonstra que esta política está condenada ao fracasso, porque está contra os sentimentos e os direitos fundamentais dos trabalhadores e das novas gerações de trabalhadores.

Esta luta não pode ser só dos jovens, tem que ser de todos nós, dos mais velhos, inclusive. Nós não queremos passar um legado apenas de direitos às novas gerações, também temos que lutar por elas, para terem um futuro melhor – embora considere que é fundamental participar essa força transformadora que é a juventude. É decisiva, é determinante. Não houve nenhum processo transformador que não contasse com a juventude – juventude que hoje está a ser atingida pelo problema do desemprego. Eu confio que a juventude portuguesa, em termos de tomada de consciência, há-de lutar cada vez mais pelo seu futuro, por um futuro melhor.»

Declarações de Jerónimo de Sousa, prestadas no Largo do Calhariz, onde o Secretário-geral do PCP saudou a manifestação, integrando uma delegação do Partido de que também fizeram parte Francisco Lopes e Manuela Bernardino (do Secretariado do Comité Central do PCP), Paulo Raimundo e Armindo Miranda (da Comissão Política)